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O dia 4 de abril ganhou ares de excepcionalidade depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que nessa data seria julgada a independência do ex-presidente Luiz Inácio Lula nos próximos meses. Em jogo, não estava somente a descrição a respeito de se Lula passaria a dormir e acordar numa cela de algum presídio do nação.

A importancia da decisão pro futuro político movimentou milhares de pessoas às ruas de diversas cidades pra se mostrar contra ou em prol do petista. Enquanto isso, Lula optou por voltar para o ponto de onde se projetou nacionalmente. No Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ao lado de velhos e novos amigos, ele viveu cada uma das mais de dez horas do julgamento do Brasília. 11h25 - Cercado por seguranças, Lula chega ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo - de onde decidiu, na última terça, visualizar a sessão do Supremo Tribunal Federal.

Sobe discretamente pro segundo andar, sem cumprimentar a militância de por volta de 400 pessoas, que aguardava desde as 10h da manhã no salão principal da entidade, bandeiras vermelhas em punho. O salão foi de forma especial decorado com imagens históricas de Lula para a ocasião. As janelas dos corredores do segundo percorrer do sindicato, onde Lula vai ver ao julgamento, foram forrados com tecidos, pra ocultar os movimentos do petista. Ao longo da manhã, Lula ganhou antigos líderes sindicais, como Djalma ótimo e Expedito Soares, que entregam uma carta de suporte ao ex-presidente. Ele relembrou as greves que participou durante a ditadura militar.

Lideranças do partido insistem no discurso de que o PT não trabalharia com a hipótese de prisão de Lula. Marinho, que saiu da sala para cumprimentar militantes no salão. 13h - Um almoço - arroz, feijão e bife - é servido ao ex-presidente Lula e sua comitiva - Dilma, Marinho, os governadores Tião Viana e Wellington Dias, além de Gabas e Miguel Rossetto.

Parcela dos militantes almoça no restaurante do sindicato, no último percorrer, no tempo em que outra parcela - composta, principlamente, por menores agricultores - entoa um batuque sentada no salão. 13h40 - Insuficiente antes da sessão começar aliados do ex-presidente dizem que ele está tão equilibrado que encontra tempo pra conversar o gol de Cristiano Ronaldo no jogo da Liga dos Campeões, pela noite de terça.

14h07- O STF atrasa sete minutos o começo da sessão. A presidente Carmén Lúcia inicia o julgamento com um comentário de menos de 2 minutos e às 14:10h, o relator Edson Facchin neste momento falava. No tempo em que isso, o grupo de aliados e o próprio Lula ainda almoçavam. O ex-prefeito Fernando Haddad e o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel tinham se juntado ao grupo um pouco antes.

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A mulher do presidenciável do PSOL Guilherme Boulos, Natália, bem como veio visualizar o julgamento com Lula. curso avancado de fotografia online https://javiuisso.com.br/qual-o-melhor-curso-de-fotografia-online-para-iniciantes/ , em viagem, não pode comparecer. Da família, está presente o irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá. 14h30 - A banda que toca músicas nordestinas para de cantar para a transmissão do julgamento. Antonio Lucivaldo Avelino de Lima, 50, metalúrgico da localidade do ABC. Militantes soltam o coro: "Lula guerreiro, do povo brasileiro".

Francisco de Assis do Santos, 69, membro ao PT desde a fundação. 15h13 - A lenta leitura dos votos pelos ministros deixa a plateia mais entendiada do que apreensiva. Nem ao menos mesmo Lula se mantém vidrado pela tela. 15h57 - Em dúvida de minutos Gilmar Mendes vai de 'golpista' a ovacionado, no momento em que antecipa voto em benefício do habeas corpus a Lula. Os militantes pulam e a bateria começa a tocar. Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), do Levante Popular da Juventude e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). No momento em que o julgamento entra em intervalo, o grupo abre uma roda no meio do salão para declamar poesias. 16h37 - O julgamento recomeça, com o voto do ministro Alexandre de Moraes.