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 Posted: Mon Apr 19, 2010 12:40 pm
Mirage olhou Luna com um ar estranho enquanto esta esbrancejava. MAs que raio? A miúda era muda ou algo assim? De sinistro tinha tudo mas isto era algo verdadeiramente arrepiante.
Tanto ela como Lawliet ficaram bastante confusos acerca do que acabara de acontecer. Ambos concluíram que Raven seria a interprete desta estranha rapariga.
Quando Raven a traduziu, Mirage ficou pensativa mas concordou.
Olhou novamente para Luna que tentava sem sucesso explicar-lhe algo
"Que se passa com a pequena?" perguntou
"Está a explicar o porquê de irmos para a Clareira do Sol. Pensasse que lá obteremos as respostas às nossas perguntas" explicou Raven
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Posted: Wed Apr 21, 2010 1:03 pm
Agora que todos sabiam o que estavam a fazer, a viagem tornou-se calma.... tornou-se, efectivamente, calma demais. Um leve nevoeiro gelado descia lentamente sob o sinistro grupo de quatro seres e aos poucos a visão escasseava.
Raven decidiu manter o grupo unido enviando leves ondas telepáticas a cada membro.
Luna decidiu largar o chão e viajar pelo ar, sentia-se assim mais leve, e isso aliviava o peso da telepatia na sua mente.
Mirage decidiu transformar-se na sua forma animal e ajudar na procura dos caminhos certos com o seu faro, agora mais perto do chão.
Lawleit decidiu transformar-se em colibri e pousar no ombro de Raven. Os seus olhos pequeninos de passarinho podiam ver melhor através do nevoeiro que os seus olhos grandes de criança.
Todos repararam de repente num vulto que se aproximava aos poucos... ou assim parecia.
"Cuidado!" Alertou Mirage "Cheiro alguém... ou algo, não sei bem!"
"Sim... Sinto essa presença..." Constatou Raven "...que emana um forte sentimento de... não é perigo!"
Como bom colibri que era, Lawleit voou à velocidade da luz até ao vulto, mantendo-se a uma certa distância do mesmo.
Depois de o observar, voltou ao grupo e comentou "Parece mais um alguém que um algo."
O tempo afectou-o tanto, amigo... Pobre criatura! Luna encontrava-se sobrevoando o estranho ser. Tinha-o reconhecido e sabia que era inofensivo. Olhe só para o que a realidade lhe fez! Você já nem foge de mim... E os seus olhos, tão vazios, escondem histórias terríveis...
Raven, Mirage e Lawleit tinham-se aproximado. Mal viam Luna, que se confundia tão fácilmente com o denso nevoeiro.
Não o magoem, Raven, por favor... Ele está tão assustado...
"Quem é, Luna?" Perguntou a Maga Negra
Mirage e Lawleit deram um salto assustado, pois tinham-se apercebido subitamente que Luna sobrevoava as suas cabeças.
Dopey, o inocente... Informou Luna
"Pelos Irmãos Grimm!! Que se passou contigo, pobre anão? Onde estão os outros?" Raven baixou-se para ler a mente de Dopey... Algo terrível se passava para esta sempre alegre, inofensiva, imaculada criatura apresentar tão degradado aspecto.
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Posted: Mon May 10, 2010 2:23 pm
A mente de Dopey era simples. Os seus pensamentos eram claros e fáceis de ler... Não apresentavam grande desafio para Raven. No entanto, nada fazia sentido na sequência lógica dos episódios que captava. Mas porquê?
Sete anões descansavam alegremente sob o forte sol de agosto. Um grande "nada" surgiu na sequência da história.
Como que sem sentido, a imagem seguinte mostrava apenas devastação.
A casa dos sete anões tinha sido destruída e, por baixo de um céu repentinamente enublado e sombrio, estava Dopey. Segurava na mão um gorro roto, manchado de vermelho.
Raven explicou aos seus companheiros o que tinha acabado de ler. "A sua memória foi apagada... ou modificada." Conjecturou por fim.
"Que tragédia! Quem faria uma coisa tão malvada? Pobre Dopey!" Comentou Mirage.
Luna observava. Raven...?
"Desculpa Luna, o apagado está apagado. Deixou de existir. Não posso fazer mais nada por ele." Respondeu Raven.
Raven, Lawleit pode ajudar. Transmitiu Luna.
"Lawleit, que podes fazer por ele?"
Lawleit pensou. De facto o apagado estava apagado, mas no seu dom em desvendar lados obscuros, podia encontrar alguma pista sobre o acontecido.
Foi a sua vez de chegar perto de Dopey. Num leve voo pousou sob o seu colo e com o bico acariciou a sua mão. Em voz tremula, pôde-se ouvir o anão dizer "não me obrigue, não quero... deixe-me em paz..."
"Manipulado." Disse por fim Lawleit. "Alguém entrou na sua mente e agiu com o seu corpo. Mas não entendo... entre a alegria da primeira cena e a devastação da segunda não houve nada? Não faz qualquer sentido!"
"Pois não!" Lançou Mirage. "Não faz porque foi a altura em que o manipularam. De certo modo, Dopey estava..."
"... inconsciente. Logo, a memória que tem desse preciso momento não existe. Aliás, existe mas não lhe pertence." Concluiu Raven.
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Posted: Tue May 11, 2010 6:32 am
Manipulação... já vai neste ponto... o caso está feio. Indagou Luna.
Mirage sentia-se incomodada. "Não podemos deixá-lo assim!"
"Temos mais que fazer, Mirage..." Comentou Raven.
"Não! Vou ajudá-lo. Tenho de fazer algo por ele!" Mirage dirigiu-se a Dopey e, ainda sob a forma animal, pôs-se sob o seu braço dormente. "Vou levar-te para outro lado qualquer... este lugar é deprimente!"
Luna chegou-se perto. Queria ajudar, mas o seu toque frio quase inconsistente, de certo modo arrepiante, não ajudava a situação.
"NÃÃÃOO!!" Berrou Dopey, enrolando-se sob si próprio qual caracol.
"Nós conseguimos com ele." Lawleit tinha-se transformado em criança e preparava-se para ajudar Mirage.
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Posted: Thu May 13, 2010 11:20 am
Dopey agarrou-se ao pelo fofo de Mirage, reconfortando-se e acalmando-se.
Mirage suspirou, sentia pena desta pobre criatura e acarinhou-a com o focinho.
Lawliet ajudou Dopey a por-se em cima de Mirage de forma a que esta o pudesse carregar, de maneira confortável. Apesar de ter o tamanho de uma pantera negra, Lawliet pareceu dar conta do recado.
Raven suspirou também. Que teimosa esta! "Pronto, estou a ver que o vamos levar... Não te consigo demover desta tua opção."
Seguiram então caminho, sabe-se lá para onde. Luna parecia de certa forma triste. O berro que Dopey deu quando esta o tocou poderá a ter assustado e magoado.
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